domingo, 21 de setembro de 2008

Assim espero

"E a verdade vos libertará."

Buenos Aires


Antes de mais nada, quero deixar claro que adorei a cidade. Pode parecer que não, pq a nossa tendência é sempre lembrar primeiro das coisas ruins, comecar logo criticando. Não é o caso.
4 dias intensos nessa cidade, que me pareceu uma mistura de Europa com São Paulo, gente andando pra cima e pra baixo, prédios históricos e brasileiros pra todos os lados.
Fugi do circuito "turista" e assiti uma banda de tango ao vivo. Sim, eles realmente curtem. Diferente do que imaginava, não havia dançarinos. Era pra assisitr mesmo. Curti.
Arranhei um portunhol muito vagabundo, mas me fiz entender muito bem. No último dia, acreditava que estava fluente. Nenhum obstáculo quanto ao idioma.
Fica muito claro quem é turista e quem não é. O argentino, portenho, tem uma cor "branco-esverdeada" inconfudível. Os próprios fazem piada sobre isso. E são muito arrogantes. Talvez pensem que são franceses...
Os mais simpáticos são os do interior. Quanta gentileza, quanta delicadeza! Sempre que encontrava alguém mais amigável (o que aconteceu com frequencia), coincidia com o fato da pessoa ser do interior. E eles confirmavam que realmente era assim.
Os 10 graus constantes durante o dia fazem com que todos andem bem alinhados, com aqueles trand-coats que eu jamais encontraria - ou usaria - no Rio de Janeiro.
Os jovens portenhos me pareceram sempre querendo lançar tendências e, de tanto tentarem ser ousados no visual, acabaram parecendo todos iguais, com jeito de "acabei de sair do clipe do NXZero".
Morena que sou, andei meio deslocada - quase virando atração - quando tentava conhecer algum lugar menos turístico, naturalmente meu nível de melanina não se adequava ao local.
Morando no Rio de Janeiro, onde há uma lixeira a cada 20 metros, senti falta de lugar pra jogar as garrafas d'água fora.
Outra coisa que me chamou atenção, foi o número de pessoas com cães. Nem sei se é exagero, mas estava quase 2/1 pessoas/bichos. E a quantidade de sujeira nas ruas é um absurdo. Ninguém cata a sujeira do seu animalzinho, apesar das cansativas campanhas - que hoje não acontcem mais porque entende-se que o povo não vai mudar mesmo. Como andar a pé é a opção para se conhecer Buenos Aires, a gente tem que prestar atenção onde pisa pra não sujar a bota nova de couro, comprada durante a viagem.
Os parques, lindos. Pra todo lado se encontra um. É hábito tomar um solzinho deitado no gramado. Só não encarei porque tive medo da grama ter algum dejeto canino.
Gostei de ver as feirinhas de artesanato, apesar dos preços não muito diferentes do Rio.
Amei os jantares deliciosos, com carnes maravilhosas.
Gostei das compras que fiz, das pessoas que conheci, dos lugares que visitei. Até viveria lá tranquilamente, me identifiquei demais com o jeito deles.
Em dezembro volto pra ver Madonna.
Besos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Diálogo

- Mãe, acho que estou com febre.
- Nossa, filhinha, está sim! Como você está quente! Será que é o seu dentinho que está nascendo? Meu bebê está virando uma mocinha, que orgulho!
- Mãe, é o meu siso. Me dá um Tylenol.

Julio

Temos alguns bichos aqui em casa.
Nunca fiz segredo pra ninguém que respeito mais os animais que os seres humanos.
A sinceridade, a entrega, a amizade e lealdade de um bicho não têm preço. Uma criança, por exemplo, cresce. E aí vira um escroque. Daniel Dantas um dia foi uma gracinha. Garotinho, Rosinha, Álvaro Lins e sua turma também. Um bicho cresce junto com sua devoção ao dono.
Tenho predileção pelos felinos e o meu preferido aqui é o Julio (lê-se Rúlio). Semana passada postei a foto dele. Tem a vida que pedi a Deus. Nasceu da nossa gata Bruna, que também não passa nenhuma vontade.
Ele acorda tarde todos os dias, encontra sua comidinha (blanquet de peru) já aos pedacinhos na tijela. Bebe a água corrente da pia. Sai pra não-sei-onde e só volta lá pelas 4 da tarde (isso quando não dorme fora e só aparece na manhã seguinte). Come novamente e vai tirar um gostoso cochilo - na cama que ele escolhe. Quando está acordado e não está comendo, anda pela casa se esfregando nas pessoas, buscando o carinho que sempre encontra. Enquando dorme pelos sofás e almofadas da casa, sempre recebe um afago de algum passante e, sem nem ao menos abrir os olhos, mexe-se como se dissesse "durmo tranquilo aqui, não preciso me assustar com nada".
Já sumiu por quatro dias, minha mãe quase enlouqueceu. Quando voltou, tinha um brilho nos olhos característico de quem é feliz. Por isso não temos coragem de castrá-lo.

Agora imagine.
Acordar a hora que quiser
Comer o que mais gosta
Sair pra se divertir
Ganhar carinho de todo mundo
Escolher a cama que vai dormir
E no dia seguinte
fazer tudo de novo.

Eu queria.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cristiana Guerra

Ontem, antes de sair pra festa de despedida de um diretor nosso que vai trabalhar em Sampa, fiquei em casa navegando pelos blogs da vida. Pela primeira vez, parei pra ler profundamente o que cada um deles dizia e um em especial me chamou atenção. Imagino que, como todo mundo que entra lá, me encantei e me emocionei com a Cristiana Guerra.
Sou naturalmente confusa. Com os sentimentos à flor da pele, então! Foi assim que me senti... Uma mistura de compaixão, insegurança, amor. Incrível como uma pessoa que nunca vi na vida, através de suas palavras, conseguiu arrancar de mim em tão pouco tempo esse turbilhão de sensações que se misturavam e se revezavam o tempo todo.
Caí em prantos. Mal conseguia ler.
Me peguei pensando na minha vida, nas escolhas que faço e como tudo pode ser tão intenso e efêmero. Ou não. Como um segundo pode ser decisivo na vida de alguém. Como somos dependentes, feliz ou infelizmente, das relações humanas. E que a gente faz diferença, sim, na vida das pessoas.
Bateu uma ponta de inveja, confesso. Natural, todo mundo sente um pouquinho, foi aquela "inveja branca" (olha eu me justificando), sabe? De um amor que parece (e talvez seja mesmo) infinito e tão, tão profundo! De uma pureza e 'claridade' tão grande! Por incrível que pareça, Cristina faz parecer uma história de final feliz, apesar da morte súbita do marido. Porque viveram um amor tão perfeito e no seu auge, ele - o marido - se foi. E a perfeição virou eterna, congelada nas lembranças.
Fui pra festa pensando nisso. Em como o "agora" é importante. Em fazer - e ser - alguém feliz a todo momento, como se fosse o último da sua vida. Porque uma hora vai ser.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Confúcio

"Que idade você teria se não soubesse qual idade você tem?"

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Tô te esperando na janela, ái, ái...

Amor que não se pede, amor que não se mede

Sabe o que é amar sem cobrar,
sem querer nada em troca?
Eu sei.