Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
e a medida de meu amor viageiro
é não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
seu raio cruel, meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego.
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e a fogo.
Um comentário:
Lindíssimo Poema!
O Neruda sempre se supera!
Bjs!
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