terça-feira, 27 de novembro de 2007

Balzaca

Cheguei aos 30. E à crise. É verdade que há quase um ano, mas cheguei. E talvez tenha sido nesse tempo mesmo que me dei conta disso. Enlouqueci, né? Obviamente já havia uma pré-disposição para tal, talvez até já estivesse meio doida. Mas dessa vez surtei mesmo. E confesso que vi pontos positivos apesar de tudo.
A gente se descobre e se REdescobre de muitas maneiras. Consegue visualizar as possibilidades que a nossa vida pode oferecer e como somos tão responsáveis por nossas escolhas.
Pensei muito também em ser mãe. Tenho várias amigas grávidas. Vou ser tia também. Isso me deixou nervosa, inquieta...
Acredito que só quem passa pela "crise dos 30" são as mulheres que ainda não são mães. E é exatamente por isso que entram em crise.
Beirando os 31, me pergunto se isso passa, se eu seguro essa onda. Mas também me pergunto se eu não tenho que "curtir" essa crise, esse turbilhão de hormônios em polvorosa, essa confusão de sentimentos que toma conta da nossa vida de uma hora pra outra. Às vezes eu quero que passe. Às vezes acho incrível ser tão intensa (como posso passar horas remoendo esses pensamentos, quase que como uma auto-análise incansável e interminável?). Às vezes acho que amadureço com isso. E tem momentos que tenho certeza que vai ser assim pra sempre. Como agora, por exemplo.

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